Como as pequenas distribuidoras avaliam as práticas da Petrobras

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EPBR
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O Cade começou a receber as respostas das distribuidoras e importadoras que concorrem com a Petrobras na ação preparatória em que o conselho avalia a abertura de um novo inquérito para apurar eventuais abusos de posição dominante da Petrobras. A ação foi motivada por representação da Abicom.

— Seis distribuidoras (algumas delas também importam) entregaram informações: Federal Petróleo, Idaza, Larco, Petrobahia, Potencial e Temape. Apenas a Federal Petróleo a Temape afirmam acreditar quer a Petrobras está descumprindo a sua própria política de preços (a PPI) e praticando preços no mercado interno abaixo da paridade, prejudicando as importações e a concorrência na venda de diesel e gasolina. Mas todas concordam que há barreiras para importação:

— Federal Petróleo: “A Petrobras vem desrespeitando o preço de paridade na importação desde junho de 2016 prejudicando a concorrência do setor”

— Temape: ” No mercado de importação os prazos logísticos são longos e o poder de reagir a uma oportunidade de mercado de um player não é menor que 30 dias (…) a Petrobras pode alterar suas margens de acordo com o seu interesse sem que haja efetivamente uma concorrência devido a insegurança dos concorrentes de qual mercado que irá enfrentar na chegada física do produto”.

— Larco: “Ainda que não haja a intenção por parte da Petrobras em manter os preços abaixo do PPI, a atual sistemática interfere na atratividade das importações”

— Petrobahia: “Não é possível afirmar que a Petrobras esteja praticando preços mais baixos que o PPI (…) no mercado em que atuamos (Bahia e Pernambuco) não existe janela para importação de gasolina e diesel”

— Potencial: “Petrobras precisa dar melhores explicações sobre os mecanismos referente aos seus reajustes.”

— Idaza: ” Na nossa percepção a Petrobras está competitiva, por vezes acima e por vezes abaixo, porém, o que mais preocupa é a sua capacidade de suprimento do mercado”.

— Entre as três grandes distribuidoras, excluindo a BR Distribuidora, apenas a Alesat enviou as respostas, mas solicitou sigilo de praticamente todo o conteúdo. Raízen e Ipiranga pediram mais prazo.
Sociedade precisa ser preparada para a transição energética, diz Thiago Barral
A sociedade precisa ser preparada para a transição energética e os agentes envolvidos precisam ter clareza para explicar a alocação de custos e benefícios. A avaliação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral. “O Brasil viveu uma crise e a economia tomou um tombo de 7%. Essa é uma contribuição que o Brasil dá para o controle de emissões, que não é desprezível. [Mas] o brasileiro está pagando caro, com desemprego, com redução da economia do país. Dito isso, não é desculpa para deixar de olhar a expansão das renováveis na matriz energética de uma forma geral”. Leia mais

Antes da eletrificação há espaço para gás natural, diz Luciano Vilas Boas Jr
O presidente da CDGN Logística, Luciano Vilas Boas Jr., defendeu nesta terça-feira, 14, a utilização do gás natural para transporte público como uma das soluções para ajudar a implantar novas tecnologias na mobilidade com redução de emissão de carbono. Para o executivo, o país precisa aproveitar o gás em grande quantidade, principalmente depois das descobertas do pré-sal, e fazer como grandes cidades do mundo, como na Espanha e nos EUA, que usam gás natural no transporte público. Há muito espaço para o energético entrar na matriz de transporte, sobretudo por conta do custo da eletrificação da frota. Leia mais

Leilão dos excedentes da cessão
MME abriu o período de consulta pública para a portaria que definirá os acordos de coparticipação entre a Petrobras e as empresas ou consórcios que entrarem nas áreas do excedente da cessão onerosa (Atapu, Búzios, Itapu e Sépia). A coparticipação é um mecanismo que está sendo criado para este leilão, para regular a divisão das reservas de óleo e gás nos campos entre a área que permanecer contratada pela Petrobras, com base na cessão onerosa, e as novas áreas que serão licitadas pelo modelo de partilha de produção. A documentação, incluindo a minuta da resolução ainda não foi publicada no site do MME.

Aquisição no mercado de tankers
O Cade aprovou, sem restrições, a compra da participação da Mitsui OSK Lines na Straits Tankers, pelo BW Group. A Straits Tankers é uma joint venture entre Mitsui e BW, que passará a deter toda a empresa, se a operação for concluída. A Straits Tankers opera navios de granéis líquidos de longo alcance.