Consumidor pagará a conta do aumento de impostos

Por
Valor Econômico
em

Prestadores de serviço terão o maior aumento de impostos se a nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá o PIS/Cofins, for aprovada, avaliam advogados tributaristas. A alíquota sairá de 3,65% para 12%, a mesma que incide na indústria e comércio. Com a diferença de que o setor de serviços não consegue aproveitar da mesma forma créditos gerados na cadeia com a compra de insumos, já que seu principal gasto é com mão de obra.

A mudança será mais sentida por segmentos que dependem do consumidor pessoa física e têm dificuldade em repassar esse custo aos preços, como restaurantes, cabeleireiros, escolas, serviços médicos e outros prestados por profissionais liberais - muitos deles foram os mais afetados em suas atividades pelo isolamento social.
Também recolhem impostos pelo lucro presumido os setores de telecomunicações, serviços hospitalares, companhias áreas, construção civil, telemarketing, hotelaria, empresas de comunicação e desenvolvedores de software. Quem recolhe pelo Simples (faturamento até R$ 4,8 milhões) não é afetado diretamente, mas comprará insumos mais caros de fornecedores sujeitos à alíquota maior, e sem poder aproveitar os créditos.

“A alíquota de 12% traz aumento de carga tributária para todo mundo”, afirma o professor Aldo de Paula Junior, da FGV/SP. E o consumidor pagará a conta, com reflexo no aumento da inflação. Para ler esta notícia, clique aqui.