Dilma cogita pôr Luciano Coutinho à frente da Petrobras, dizem fontes

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Apesar de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido à presidente Dilma Rousseff para manter José Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras no fim do ano passado, sua permanência não está garantida. Segundo fontes da Petrobras, Dilma estaria considerando colocar à frente da Petrobras o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por quem tem forte admiração profissional. Ainda de acordo com as fontes, Luciano Coutinho, assim como a atual diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, sempre foram os preferidos de Dilma para ocupar a presidência da estatal.

As fontes da Petrobras dizem ainda que, se num primeiro momento, Dilma teria aceito o pedido de Lula para manter Gabrielli à frente da Petrobras por mais um tempo — de seis meses a um ano — para consolidar o processo de capitalização da companhia, fatos recentes teriam ajudado a presidente a mudar de opinião.

Uma fonte informou que além de Dilma ter tido sempre um relacionamento difícil com Gabrielli, recentes declarações do presidente da Petrobras teriam sido fundamentais para a mudança de posição da presidente em relação à companhia. Gabrielli declarou recentemente seu interesse em concorrer às futuras eleições da prefeitura de Salvador, apoiado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner.

Oficialmente, o BNDES não comenta o assunto. Uma fonte do banco diz que a saída de Luciano Coutinho do banco é rumor do mercado.

As fontes da Petrobras acrescentam que nada será decidido antes do próximo dia 17, quando se definirão as eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Coutinho, sem apadrinhamento partidário, é o mais forte candidato à presidência da Petrobras.

Estatal pode criar diretoria de Gestão Corporativa

Dilma estaria ainda pensando em fazer uma reestruturação na Petrobras, com a criação da diretoria de Gestão Corporativa e a extinção da diretoria  Internacional. As atividades da área internacional seriam divididas entre as diretorias de Abastecimento e de Exploração e Produção.

Além de a Petrobras priorizar suas atividades no país, reduzindo as ações no exterior, Dilma não estaria muito satisfeita com a atuação de Jorge Luiz Zelada à frente da diretoria Internacional. Além disso, o atual diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, estaria sendo transferido para a diretoria de Exploração e Produção, no lugar de Guilherme Estrella, que se aposentaria.

O Globo