Empresas lançam contas digitais específicas para caminhoneiros

De olho em um setor com mais de dois milhões de profissionais no País, empresas que atuam no mercado de pagamentos eletrônicos, gestão de cartão-frete e outros produtos destinados ao setor de transporte rodoviário lançam contas digitais para os caminhoneiros.

São contas abertas por meio de aplicativos onde se é possível realizar depósitos e compras, além de pagamentos de contas e transferências bancárias, entre outros serviços.

A Repom é um dos exemplos. A empresa tem a proposta de conquistar a categoria oferecendo centralizar a gestão de recursos, como fretes e outras receitas em um único local, e o acesso a uma rede própria de abastecimento da marca, com cinco mil postos e com preços de diesel negociados e consulta de valores praticados, por meio do aplicativo.

A fintech Target MP, que está entre as cinco maiores empresas de meios de pagamentos para frete, também ampliou os  serviços digitais e lançou Target Conta. A empresa que já fornecia soluções mobiles para transações financeiras como Vale Pedágio Obrigatório, pagamentos, adiantamentos e quitações de frete. Além dos serviços bancários comuns, a Target Conta possibilita a gestão financeira de todos os serviços e documentos necessários à atividade de frete, como consulta de pontos, multas e validade da CNH, cálculo de frete mínimo, gestão de pneus e otimização de gastos de combustível, geração de boletos próprios, entre outras funcionalidades.

A promessa é a de levar mais comodidade a um público que, até então, conta com um alto percentual de pessoas ‘desbancarizadas’ – estima-se que mais de 50% dos 538 mil caminhoneiros autônomos não possuam conta em banco. “O caminhoneiro passa muito tempo em viagem, longe da família, que muitas vezes acaba ficando desassistida. Ele pode enviar dinheiro para a família, de onde estiver, através do cartão para seus dependentes. Não precisa encontrar um caixa eletrônico ou agência bancária para isso”, explica Fernando Vogt, diretor comercial, sobre mais uma vantagem do produto.  

Simone Alves, Comunicação Sindipetróleo