Etanol deve chegar a R$ 4 na bomba na próxima semana

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Jornal Estadão Mato Grosso
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Preço do etanol hidratado em Mato Grosso deve sofrer mais um reajuste nas bombas na próxima semana. O litro do produto em Cuiabá poderá ultrapassar os R$ 4 reais. Nessa sexta-feira (05), o etanol registrou valorização acima de 8% nos negócios efetivados na modalidade spot, ou seja, nas vendas entre usinas e distribuidoras. Atentos ao aumento dos custos, motoristas de aplicativos da capital já foram alertados do novo reajuste nas bombas.

No mesmo dia em que o biocombustível registrou alta nos negócios entre usinas e distribuidoras, o litro já era vendido a R$ 3,81 o litro, em Cuiabá. Um reajuste médio de 20 centavos para o consumidor ante a semana anterior.

“Existem sim essa possibilidade de o etanol chegar a R$ 4 reais na próxima semana. Como temos muitos motoristas de aplicativos associados, que estão sempre em contato gerentes de postos de combustível e frentistas, esse alerta é dado à categoria. Uma forma de ajudar, avisam os amigos para que eles encham os tanques. O etanol vai subir, até mesmo galão de 20 litros”, afirma Cleber Cardoso, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo (Ama-MT).

Os negócios realizados entre as usinas e distribuidoras, que no dia 26 de fevereiro eram fechados a R$ 3.199,33 o metro cubico (m³) subiu para R$ 3.464,13 m³, quase 8,3%, na sexta-feira (05). Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).

Indústria

A indústria de etanol em Mato Grosso justificou que os aumentos estão relacionados ao custo de produção e o também o encarecimento da principal matéria-prima do estado, o milho. Essa alta no preço do insumo, já começa nas lavouras, pois os produtores estão gastando mais com diesel para plantar e colher o grão.

“O setor sucroenergético e os preços do etanol nas Unidades Produtoras são sempre decorrentes dos custos de produção. O milho, que estamos utilizando como matéria prima, quadruplicou de preço no mercado. O diesel, que usamos para plantar, colher e transportar, também teve precificação acumulada”, aponta Jorge dos Santos, presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleieras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT).