NOTA SINDIPETRÓLEO: Reajustes de preços Petrobras - 1º aumento do ano

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Sindipetróleo
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O novo aumento impacta em R$ 0,11 na gasolina e R$0,24 no diesel nas refinarias e nas bombas dependerá de quanto as distribuidoras repassarão em seus preços de vendas aos postos.

O reajuste ficou assim:

Cconsiderando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba.

Com relação ao óleo diesel, a mistura obrigatória é de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos e a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba.


A Petrobras justifica a elevação para seguir o equilíbrio de mercado, porém, se consideramos dois parâmetros significativos na formação de preços, o aumento poderia ser postergado. O barril de petróleo em 26/10/201 estava cotado a U$86,40, hoje está em U$83,91 e o dólar era negociado no final de outubro a R$5,64 e hoje a R$5,67.
Lembramos que o PMPF (utilizado para base de cálculo do ICMS) está congelado até o final do mês o que não pressionará ainda mais os preços. 

Para os postos revendedores, aumento de preço junto com inflação em alta é receita certa para vender menos o que certamente aumentará a concorrência.

Está claro que o ICMS não é a única causa do encarecimento dos combustíveis, assim como os tributos federais ou o preço nas refinarias; há um conjunto de complexos fatores, que passam também pelo preço do dólar e pelo valor do barril no mercado internacional, a determinar o preço final. 

Nelson Soares,
Diretor Executivo do Sindipetróleo