Nova CPMF deve ser 4º imposto que mais arrecada

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Valor Econômico
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Se for levada adiante e arrecadar os R$ 120 bilhões ventilados pelo governo, o tributo sobre transações desejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, seria uma das maiores fontes de receita para a União. Em termos de recursos gerados para os cofres federais, a nova CPMF digital ficaria atrás do Imposto de Renda, da Cofins e da própria arrecadação previdenciária, a qual pretende substituir pelo menos parcialmente. E teria mais arrecadação que IPI, Imposto de Importação, IOF, PIS/Pasep, CSLL, Cide e da contribuição ao plano de seguridade do servidor.

Cercado de polêmicas antes mesmo de ser enviado ao Congresso, o tributo é o sonho de Guedes para concretizar a ideia de desoneração da folha de pagamentos. O ministro reiterou essa visão na semana passada e tem buscado angariar apoios para fazer a proposta caminhar.Ele aponta que, dado o montante esperado e o objetivo declarado de aliviar a contribuição patronal à Previdência, claramente não será uma taxação só de operações digitais, como Guedes deu a entender em suas falas, embora esse universo também seja atingido.

Ellery alerta que a ideia de taxar as operações digitais traz um outro risco. “Quando se taxa uma tecnologia nova, você acaba tirando incentivo para adotar a tecnologia. Tem a questão da alocação de recursos, tema caro ao governo, e aí você pode acabar taxando uma tecnologia nova e gerando uma ineficiência”, afirmou o economista, que chegou a fazer parte do time econômico da campanha de Bolsonaro. Para ler esta notícia, clique aqui.