Perguntas frequentes sobre a nova especificação da gasolina

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Petrobras
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No dia 3 de agosto entrou em vigor oficialmente a nova especificação da gasolina. Mas para a Petrobras ela já era uma realidade, fruto da evolução constante do nosso parque de refino, da ciência de nossos laboratórios.
 
Este avanço é fruto de uma intensa colaboração entre a Petrobras e a indústria automobilística. Foram 3 anos de discussões técnicas, testes e mobilização de nosso Centro de Pesquisas e do nosso parque de refino, que com agilidade e eficiência respondeu ao desafio.

Com isso, temos a nova especificação da gasolina, que proporciona maior proteção ao motor e redução de consumo, e vai colaborar para que a indústria automobilística introduza novas tecnologias na busca de maior eficiência energética dos veículos.

Entenda um pouco mais porque tais mudanças foram feitas na gasolina brasileira: 

 

1. Qual a razão da mudança na especificação? 

Algumas gasolinas que estavam sendo importadas apresentavam octanagem RON e massa específica (densidade) muito baixos. Com isso estavam ocorrendo problemas de detonação em alguns motores e consumo elevado de combustível quando utilizavam essa gasolina. Com a nova especificação, todas as gasolinas estarão sujeitas aos novos limites.

2. Quais são os benefícios das novas especificações das Gasolinas Comum e Premium da Petrobras? 
Melhor consumo e maior proteção ao motor.  A busca por uma maior eficiência energética envolve múltiplas soluções de engenharia automotiva. Um dos principais objetivos destas tecnologias é reduzir consumo. As gasolinas Comum e Premium da Petrobras possibilitam a introdução de novos veículos com modernas tecnologias que proporcionam maior eficiência energética e redução de consumo.

3. Desde quando a Petrobras já está trabalhando com a especificação que entrará em vigor agora em agosto/2020? 
A Petrobras ajustou seus processos operacionais para que a Gasolina produzida em suas Refinarias chegue às Distribuidoras com octanagem RON 93, a partir de 03 de Agosto de 2020, antecipando a exigência da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) prevista para 2022. O novo limite de massa específica já está sendo atendido com valores típicos desde o início do ano, logo após a publicação da nova especificação pela ANP. 

4. O que é octanagem?
Octanagem é uma medida do poder anti detonante da gasolina. 

5. O que é eficiência energética? Qual a relação entre eficiência energética e redução do consumo?
Eficiência energética: um motor de combustão interna transforma a energia química do combustível em energia mecânica. Nem toda a energia é transformada em movimento pois há muitas perdas por atrito, calor etc. Eficiência energética é a capacidade do motor de fazer essa transformação. Nos motores do ciclo Otto atuais essa eficiência é de cerca de 25 a 30%. 

Redução de consumo: para atingir a eficiência energética projetada os motores precisam de um combustível que possa fornecer uma quantidade de energia adequada para que o consumidor perceba a redução de consumo. Com uma gasolina de maior massa específica, haverá uma maior massa para um mesmo volume de combustível injetado no motor gerando mais energia na combustão permitindo que se rode mais quilômetros com o mesmo volume de combustível, ou seja, há redução do consumo. 

6. Qual é a característica da gasolina que influencia na redução do consumo de combustível?
A maior massa específica garante uma maior eficiência energética do motor, reduzindo o consumo

7. Qual é a redução de consumo esperada? 
Depende do motor e do veículo. A busca por uma maior eficiência energética envolve múltiplas soluções de engenharia automotiva. Um dos principais objetivos destas tecnologias é reduzir consumo. De acordo com os testes em motores realizados no Centro de Pesquisas da Petrobras – Cenpes, a melhoria de consumo média foi de cerca de 4% a 6% para aqueles veículos testados e as duas gasolinas utilizadas.

8. O que são considerados motores modernos?
Consideramos motores modernos os que passaram a ser introduzidos no Brasil em 2015 após a redução de enxofre de toda a gasolina que ocorreu em Janeiro de 2014. São os motores chamados de “downsized”, que são motores menores, eventualmente com menos cilindros, porém com a mesma potência graças ao avanço da tecnologia como sistemas eletrônicos de controle e utilização de turbocompressores. Também a partir dessa época passaram a introduzir no Brasil os motores com injeção direta de combustível (motores GDI – Gasoline Direct Injection).

Essas tecnologias ainda têm pouca representatividade no total da frota brasileira, mas já estão sendo introduzidas maciçamente pelas montadoras, graças a sua maior eficiência e mesma potência com menor peso. Poderão ser introduzidos mais rapidamente graças à nova especificação por octanagem RON. Também é adequada para os motores híbridos que estão sendo introduzidos no Brasil.

9. Com relação aos benefícios gerados pela nova especificação da gasolina para os novos motores que a indústria automotiva está produzindo, e como serão introduzidas estas tecnologias? 
Depende da tecnologia de cada motor e da estratégia de cada montadora. Estamos introduzindo no mercado antecipadamente a gasolina cuja especificação entrará em vigor em 01 de Janeiro de 2022 e que permitirá a introdução de tecnologias que buscam maior eficiência energética. A busca por uma maior eficiência energética envolve múltiplas soluções de engenharia automotiva. Um dos principais objetivos destas tecnologias é reduzir consumo. A qualidade combustível tem sempre que preceder estas novas tecnologias.

10. Quais as exigências que estamos antecipando de 2022 para agosto de 2020? 
A octanagem RON 93, permitindo antecipadamente a introdução de novas tecnologias veiculares.

11. Quais as tecnologias veiculares que poderão ser introduzidas no País em função da nova especificação? 
É um grande número de tecnologias e controles eletrônicos que vem sendo implantados, além de sistemas de redução das emissões de escapamento. Todas essas novas tecnologias aplicadas em conjunto melhoram a eficiência e as emissões dos motores, mas exigem combustíveis de boa qualidade.

12. Como está a Gasolina da Petrobras comparada às gasolinas dos países desenvolvidos?
Nossa gasolina possui 27% de etanol anidro o que faz dela uma gasolina diferente de todas as gasolinas do mundo. Porém, estamos trazendo a qualidade da gasolina para mais próxima da qualidade praticada na Europa e nos Estados Unidos.
Todas as gasolinas comercializadas no Brasil devem atender à especificação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

13. Qual o impacto da nova Gasolina na política de preços da Petrobras? Qual será o preço da Gasolina na bomba?
Os preços de gasolina praticados pela Petrobras têm como princípio o preço de paridade de importação que inclui o valor do produto no mercado internacional acrescido do frete marítimo de longo curso e despesas de internação. Ainda há a influência da taxa de câmbio sobre os fatores dados em dólares. Portanto, há vários fatores que contribuem para formação dos preços no mercado interno, cada um com dinâmica própria e independente. Portanto, não convém isolar apenas um fator e falar em previsão de aumento de preços. Adicionalmente, o diferencial de qualidade não é fixo em percentual, nem em valor absoluto, dependendo da valoração da gasolina e de suas correntes no mercado internacional a cada momento. 

Por último, é importante reforçar que os preços praticados pela Petrobras, e a sua dinâmica vinculada às variações das cotações internacionais, respondem por apenas uma parcela do preço ao consumidor final, embora quase sempre se atribuam as variações dos preços de bomba à Petrobras. Em termos objetivos, dos preços cobrados pelos postos revendedores à população estimamos que cerca de 27% apenas corresponderam à parcela Petrobras, considerando dados da ANP e CEPEA/USP no período de 14 a 20/06/2020.
https://petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos-de-venda-ao-consumidor/gasolina/

Quanto ao preço de bomba, cabe a cada distribuidora de combustível definir sua própria política de preços, uma vez que estes são livres e formados pelo mercado. Da mesma forma, o preço ao consumidor nos postos é uma decisão do revendedor. 

14. A nova octanagem é resultado apenas pela mudança de método, deixou de usar o americano e passou a usar o europeu? Houve algum investimento ou melhoria no processo operacional das refinarias (nova unidade, novo processo)?
Não. A octanagem sempre foi medida por dois métodos: número de octano motor (MON) e número de octano pesquisa (RON). A especificação brasileira limitava o MON e o índice anti-detonante (IAD) que é a média entre MON e RON. Entretanto, os motores com tecnologias mais modernas são mais sensíveis à metodologia RON. Uma gasolina com MON mais alto poderia atingir um IAD especificado mesmo com valor de RON mais baixo. Para evitar os problemas de campo observados com gasolinas com RON baixo, a ANP passará a limitar RON e MON.

Não foram necessários investimentos nas refinarias para atendimento às novas especificações. Foram realizados ajustes de condições operacionais nas unidades existentes para esse atendimento.

15.    A gasolina RON 93 estará disponível a todos os clientes no Brasil?
Sim, para a Distribuidora que quiser adquirir das refinarias da Petrobras e revender em sua rede de postos.

16. As Gasolinas Comum e Premium continuam com uma porcentagem de etanol anidro? 
Sim, Comum com 27% e Premium com 25% de etanol anidro.

17. A gasolina aumenta a potência do motor?
A potência do motor é uma característica definida no seu projeto. O uso do combustível adequado permite um melhor aproveitamento da potência do motor.

18. A nova especificação da Gasolina produzida pela Petrobras é uma gasolina aditivada?
Não, as Gasolinas Comum e Premium produzidas pela Petrobras são comercializadas para as distribuidoras sem a adição de etanol ou de pacotes de aditivos, que ficam a cargo destas.

19. As gasolinas aditivadas são melhores que essa gasolina nos benefícios de desempenho e consumo? 
Essa ideia não é correta em relação à octanagem e ao consumo. A gasolina aditivada é apenas uma gasolina comum com adição de aditivos detergente dispersante e redutor de atrito, que promovem a limpeza das válvulas de admissão de combustível e melhoram o fluxo de combustível. Não há comprovação da ação desses aditivos na octanagem e no consumo. A melhora da qualidade da gasolina comum também melhora a das gasolinas aditivadas, uma vez que estas são produzidas a partir da gasolina comum, apenas com a adição dos aditivos. Essa garantia existe para as gasolinas produzidas nas refinarias da Petrobras.

20. Como fica a gasolina premium? 
Seguirá as mesmas limitações de massa específica e T50, porém com novos limites para octanagem, agora RON mínimo 97.

21. Como fica a Gasolina Petrobras Podium?

A Gasolina Podium de alta performance e octanagem, não terá alteração em sua formulação, pois já atende esses requisitos. O teor de enxofre máximo de 30 mg/kg (ou ppm), continua a ser o mais baixo da categoria. A Gasolina Petrobras Podium está disponível com exclusividade na rede de postos Petrobras.

 

22. Todas as refinarias estão aptas a produzir gasolina com RON 93? Quais estão e quais não estão? As que não estão, por que não estão?  
A gasolina produzida pelas refinarias da Petrobras tem valores típicos de RON 93, e hoje a maior parte da produção da Petrobras já atende o RON 93.

23. Qual a contribuição dessa Gasolina para o controle das emissões veiculares?
Essa gasolina está adequada para os motores atuais e também para os motores a serem adotados na próxima fase do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) com início em 2022.

24. Toda a Gasolina é produzida no Brasil?
O mercado é aberto e as distribuidoras ou formuladores podem adquirir gasolina do exterior.

25. Onde é produzida a Gasolina da Petrobras com a nova especificação? 
Em todas as refinarias da Petrobras.