Petrobras anuncia aumento de R$ 0,40 no óleo diesel nas refinarias 

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Companhia vincula o reajuste de 8,9% às cotações do dólar e do petróleo no mercado internacional; postos se preocupam com capital de giro

A Petrobras divulgou pela manhã um aumento nas refinarias de R$ 0,40 no comércio do litro de óleo diesel. Conforme a estatal, a partir desta terça-feira (10), o valor médio de venda do combustível para as distribuidoras passa de R$ 4,51 para R$ 4,91 - uma alta de 8,9%. 

Em nota, a Petrobras afirma que a alteração segue o mercado. "Com esse movimento, a empresa segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado", divulgou o comunicado. 

Segundo a nota, o mercado de combustíveis segue impactado pela redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras, justifica a empresa”, diz o anúncio. “Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta", completa a nota da empresa. 

Os preços de gasolina e GLP (gás de cozinha) nas refinarias, no entanto, estão mantidos, diz o comunicado. 

O último aumento promovido pela estatal ocorreu no dia 11 de março e alcançou 24,9%. Em 2022, o diesel acumula alta de 47,06%. 

Efeito na Revenda
O Sindipetróleo acrescenta que repasses como esses ocorrem de imediato e afetarão a economia como um todo, bem como aumenta os custos dos postos. “Cada revendedor avaliará as altas que virão das distribuidoras para formarem seus custos. É um reajuste muito maior do que muitas margens de lucro que o revendedor alcança e impacta diretamente no capital de giro, exigindo mais recursos para aquisição de combustíveis", avalia Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo.

"Além disso, um aumento nesse patamar pressiona fortemente o transporte de cargas, como o de alimentos, gera reajustes nas bombas e, por consequência, afeta o bolso do consumidor. Os postos também estão assustados com a majoração”, completa Soares. 

Simone Alves
Ass. de Imprensa 
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