Petrobras reajusta preço do litro da gasolina nas refinarias em R$ 0,15

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Valor Econômico
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A Petrobras vai reajustar o preço médio da gasolina, nas refinarias, em R$ 0,15. Segundo a companhia, o derivado passará a ser vendido pela companhia a R$1,98 por litro. O aumento será válido a partir desta terça-feira (19).

A estatal destacou, em nota, que seus preços têm como referência os preços de paridade de importação (PPI) e, dessa forma, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.

A empresa citou que, em 2020, o preço médio da gasolina comercializada pela companhia atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro e que, segundo dados do Global Petrol Prices, de 11 de janeiro, o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, estando 21,6% abaixo da média de US$ 1,05 por litro.

“Importante ressaltar também que o preço da gasolina vendida na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias pela Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis”, destaca a nota.

Este é o primeiro ajuste nos preços da empresa no ano e ocorre em meio à valorização do petróleo no mercado internacional.

O último reajuste da Petrobras ocorreu há praticamente três semanas, no dia 29 de dezembro de 2020. Na ocasião, a petroleira havia anunciado um aumento de 4% no diesel e de 5% na gasolina.

Desde então, o barril do tipo Brent, referência internacional, acumula uma alta da ordem de 8%.

O reajuste se dá em meio a queixa de concorrentes de que a Petrobras vinha praticando preços abaixo da paridade internacional. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) chegou a enviar um ofício, este mês, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), alertando o órgão antitruste para práticas de “preços predatórios" por parte da estatal.