Petróleo fecha em queda, apesar de dados positivos da China

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Valor Econômico
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda moderada nesta segunda-feira (19), com os temores em torno da aceleração do ritmo de contaminações por covid-19 e a falta de estímulos fiscais nos Estados Unidos mais do que compensando os dados positivos da China.

O contrato do petróleo Brent para dezembro fechou em queda de 0,72%, a US$ 42,62 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para novembro recuou 0,12%, a US$ 40,83 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Embora os preços tenham se recuperado bastante das mínimas atingidas em março e sobretudo em abril, quando o WTI chegou a operar com preços negativos pela primeira vez na história, os valores ainda acumulam perdas de aproximadamente 30% em 2020.


China

Os dados divulgados pela China durante a madrugada de hoje indicam que o PIB do país cresceu 4,9% no terceiro trimestre, na comparação anual. Apesar de ter ficado abaixo da expectativa de consenso, de 5,3%, o número ainda coloca o país na trajetória para recuperar o ritmo de crescimento visto antes da pandemia.

Outros dados chineses foram ainda mais positivos, com a produção industrial subindo 6,9% em setembro, superando a expectativa de alta de 5,8%, e com a principal taxa de desemprego do país recuando a 5,4% no mesmo mês.

Mas os dados não foram suficientes para compensar os temores com a segunda onda de contaminações na Europa e nos EUA, depois que países como a França e o Reino Unido começaram a reimpor medidas de contenção da pandemia, como toques de recolher e a proibição de aglomerações em lugares fechados.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também não conseguiu dar suporte aos preços, com o comitê da organização se limitando a reiterar o seu compromisso com os cortes de produção já acordados e a dizer que "encoraja" os países participantes a elevar os esforços para reequilibrar o mercado de energia.