Petróleo fecha sessão em queda, mas termina 5º mês seguido com ganho

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Valor Econômico
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O petróleo encerrou a sessão desta sexta-feira (29) em queda, mesmo com o dólar mais fraco no exterior. Com a China voltando a defender a política de “covid zero”, os investidores ficam apreensivos quanto a novos lockdowns e à demanda chinesa pela commodity. O recuo de hoje não se aprofundou, porém, porque há a indicação de que a União Europeia pode finalmente bloquear o petróleo russo, e a oferta de barris no mercado deve ficar ainda mais restrita. Apesar dessa instabilidade, observada nas últimas sessões, o petróleo terminou o mês de abril com ganhos acumulados superiores a 2,3%.

No fim da sessão desta sexta, os preços dos contratos para julho do Brent, a referência global, fecharam em queda de 0,11%, a US$ 107,14 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para junho do WTI, a referência americana, recuaram 0,63 %, a US$ 104,69 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Hoje, autoridades chinesas defenderam a polêmica estratégia de covid-19 adotada pelo país, dizendo que o atual surto da doença está sob controle, após uma queda de casos em Xangai. Também nesta sexta-feira, autoridades de Pequim anunciaram o fechamento de shoppings, academias e cinemas para evitar que o vírus se espalhe.O fechamento e o bloqueio do país tem gerado preocupação no investidor, à medida que reduz a demanda pela commodity na segunda maior economia do planeta.

O que tem dado um movimento de alta para o petróleo é o possível boicote da União Europeia ao petróleo russo. Como lembra o Commerzbank, a alta nos preços é atribuída ao aumento da probabilidade de um embargo, “agora que a Alemanha parou de se opor a tal medida, como a mídia informou ontem”. “Essa mudança de postura não surpreende, já que o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse, há alguns dias, que a Alemanha, agora, importa apenas 12% de seu petróleo da Rússia.”

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