Gasolina lidera com 16,5%

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Jornal A Gazeta
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Preços de todos os combustíveis estão acima do valor máximo praticado em Mato Grosso em maio de 2018, na greve dos caminhoneiros (veja tabela). A gasolina lidera a alta no período, com majoração de 16,5% ou 81 centavos por litro. Etanol ocupa a 2ª posição no ranking de aumentos, com elevação de 15,1% ou 55 centavos (l), no mesmo intervalo. Em menos de uma semana, o derivado subiu 9,9% ou 38 centavos (l) em postos de Cuiabá, saltando de até R$ 3,81 para R$ 4,19. A correção de preços do biocombustível sucede reajuste no último dia 5, quando o produto encareceu 6,12% ou 22 centavos (l) no prazo de 24 horas no varejo local, ao passar de R$ 3,59 para R$ 3,81 nas bombas de alguns postos da Capital mato-grossense.

Combustível mais consumido em Mato Grosso, o óleo diesel está 8% ou 34 centavos (l) mais caro se comparado com o preço máximo praticado em maio de 2018, durante a paralisação dos caminhoneiros que levou ao desabastecimento de diversos produtos, inclusive combustíveis, em todo o país. Na época, chegou a ser vendido a 4,50 (l), segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Hoje é encontrado por R$ 4,55 (l). Gasolina custa até R$ 5,69 (l), ante R$ 5,01 (l) em maio de 2018. Valor do etanol para o consumidor final também passou de até R$ 3,64 (l) para R$ 4,19 (l), no mesmo intervalo, incorporando alta de 15,1%.

Único combustível com preço quase estável no período - maio de 2018 e março de 2021 - é o Gás Natural Veicular (GNV), que encareceu 1,85% ou 5 centavos (l), reajustado de R$ 2,69 para o máximo de R$ 2,74 por metro cúbico. O produto, porém, é vendido somente em 2 postos de Cuiabá. “Está acontecendo é que a indústria aumenta para distribuidora, a distribuidora para o posto e sobra para o posto colocar isso na bomba, com o consumidor comprando menos”, observa o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (Sindipetróleo), Nelson Soares. “O governo zerou PIS/Cofins do diesel A que compõe 87% do diesel B vendido nos postos. Outros 13% é de biodiesel. Ainda existe PIS/Cofins no diesel, que é referente ao biodiesel. Para gasolina e etanol nada mudou, continua a cobrança de impostos federais”, detalha. Em reação aos sucessivos reajustes, motoristas de aplicativos realizaram protesto em Cuiabá, na noite de terça-feira, 9.