Caminhoneiros voltam a protestar em cinco Estados

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O movimento dos caminhoneiros por uma tabela de preços mínimos para o frete rodoviário continuou ontem, com 11 pontos de interdição parcial em rodovias de cinco Estados no período da manhã, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No Paraná e no Rio Grande do Sul rodovias estaduais também tinham manifestações, algumas com interdição de pista. A expectativa das lideranças é de que os protestos ganhem mais intensidade a partir de hoje.

No Rio Grande do Sul, voltou a ocorrer confronto entre manifestantes durante a madrugada. Caminhoneiros que tentaram furar na BR-101, em Três Cachoeiras, tiveram os veículos apedrejados. Um motorista teria tentando atropelar os manifestantes. Em represália, um grupo fechou a estrada com uma barricada de pneus e galhos e ateou fogo. A rodovia, no entanto, foi reaberta pela PRF com ajuda da brigada estadual. De manhã, apenas a BR-386 tinha um bloqueio no município de Sarandi, segundo a PRF, mas ocorriam manifestações em rodovias estaduais, como na RS-155, em Santo Augusto.

No Paraná, a BR-376 estava interditada parcialmente em Apucarana, mas havia manifestações em rodovias estaduais, nos municípios de Realeza, Itaperuçu, Jardim Alegre e Marmeleiro, no interior do Estado.

A mobilização era mais intensa em Mato Grosso, com oito pontos de bloqueios em duas das principais rodovias federais. A BR-163 tinha manifestações em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Guarantã do Norte, e a BR-364 em Rondonópolis (dois locais), Diamantino e Alto Garças.

Tabela. No Ceará, manifestantes chegaram a fechar a BR-116 em Tabuleiro do Norte. De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Damer, os protestos vão continuar até que o governo garanta uma tabela efetiva de preços mínimos. Para ele, criar apenas uma referência de preços não seria suficiente, pois dificilmente seria aplicada pelas transportadoras.

“Precisamos de uma tabela que assegure uma remuneração mínima e que seja efetivamente aplicada”, disse. Segundo ele, uma nova reunião deve ser realizada em Brasília, possivelmente na terça. A categoria quer que a pauta inclua a redução no preço do óleo diesel, o que pode ser feito por meio da redução de tributos que incidem sobre o combustível.

O Estado de S. Paulo