Deu na Mídia: Preço do óleo diesel começa a sofrer aumento

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Combustível mais consumido em Mato Grosso, o óleo diesel já está tendo o preço reajustado por distribuidores e revendedores desde esta segunda-feira (02). Aumento médio foi estimado em 2 centavos o litro no país, mas no Estado pode chegar a 7 centavos, o que significa reajuste 250% maior. Variação é puxada pela alta no custo do frete, explica o gerente de vendas da Idaza Distribuidora, Tadeu Ramos. Acrescenta que somados os reajustes do combustível ao do frete, revendedores não terão como segurar a alta, que será repassado ao consumidor final.  Aumento pode se estender inclusive aos preços da gasolina e do etanol, produtos que podem ficar até 5 centavos mais caros. “O consumidor não notou o aumento porque muitos postos tinham estoque, mas nós já repassamos 5 centavos para gasolina e 7 centavos para o diesel”. Por enquanto, o litro do diesel está sendo comercializado entre R$ 2,19 e R$ 2,29 na região metropolitana e por até R$ 2,10 nas rodovias, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo).  Outros revendedores em Cuiabá adquiriram o diesel mais caro, mas a formação do preço médio ainda está sendo elaborada pelos postos, informa o Sindipetróleo. No posto Ipê, por exemplo, o proprietário Waldir Castro relatou que adquiriu o diesel nesta segunda-feira 2 centavos mais caro (litro) e ainda não repassou o aumento para o consumidor final. “Agora, se o frete encareceu, aí o reajuste será maior e envolverá a gasolina e o etanol”.  Diretor da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, explica que o aumento no preço do diesel anunciado na média de 2 centavos o litro não influenciará no aumento dos custos e transporte. “O impacto maior é em detrimento do tempo de viagem e agora os caminhões vão demorar mais porque os motoristas terão 11 horas ininterruptas de repouso (a cada período de 24 horas)”.  Mudança foi adotada após a aprovação da Lei 12.619, que entrou em vigor no dia 17 de junho e que deverá encarecer o frete em até 50%. Mendes explica que os transportadores de combustíveis se anteciparam e negociaram antes o reajuste causado pela adequação à lei. “Por isso, o aumento do frete não terá tanta influência ao setor de combustíveis”.  Um dos segmentos mais atingidos pelo encarecimento do diesel deve ser o agronegócio, já que o combustível  influencia na composição total dos custos, desde a preparação do plantio até o transporte da produção, explica o diretor financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Nelson Piccoli. “Um dos fatores que mais impacta os custos, depois dos insumos, é o óleo diesel”.  Segundo informações da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis Lubrificantes (Fecombustíveis), a alta no preço do diesel é reflexo do aumento no valor cobrado pelo biodiesel no 26º leilão do produto, realizado pela Agência Nacional (ANP). A Gazeta MT