Diário de Cuiabá: Sindipetróleo reafirma que mercado é livre

em

Diferença chega a R$ 0,42: Entre valor o mais baixo encontrado entre Cuiabá e VG, R$ 1,77, ao maior, R$ 2,19, economia pode chegar a R$ 21 por ‘tanqueada’

O litro do etanol hidratado atingiu nesta semana um nível quase que histórico, ou menos comum de ser observado, entre o preço de bomba mais baixo e o maior, em Cuiabá e Várzea Grande. A tradicional diferença de cerca de R$ 0,03, R$ 0,05 a no máximo R$ 0,10, passou para até R$ 0,42. Esses centavos podem gerar uma economia de R$ 21 por ‘tanqueada’, considerando um tanque médio com capacidade para 50 litros. Mais do que nunca, vale à pena prestar atenção nos preços afixados pelos revendedores dentro do trajeto de rotina de cada motorista.

Comparando valores de bomba entre postos revendedores localizados nas vias mais centrais das duas cidades, o Diário encontrou no posto Free da Avenida Fernando Corrêa, Coxipó, o litro a R$ 1,77, no Cristo Rei, em Várzea Grande, o litro estava fixado em R$ 1,84, enquanto que na rua Barão de Melgaço, em Cuiabá, outro estabelecimento oferta o combustível a R$ 2,19. Logo adiante, cerca de 50 metros, na esquina do córrego 8 Abril, o concorrente comercializa o produto a R$ 1,97. O motorista que pagar R$ 1,77 por litro, vai desembolsar cerca de R$ 88,5 por 50 litros. O que optar pelo valor de bomba a R$ 2,19 vai pagar pelo mesmo volume do combustível, R$ 109,50, diferença de R$ 21 por ‘tanqueada’. A diferença encontrada ontem pode estar menor hoje, já que o mercado é amplamente dinâmico e livre para fixar o preço que melhor lhe convém em um determinado momento, seja por meio de uma imposição silenciosa da concorrência, para fazer caixa frete às despesas do mês, ou mesmo, por repassar as variações vindas das distribuidoras. Boa parte dos postos observados na manhã de ontem, por exemplo, estão ofertando o litro a R$ 1,97 e R$ 1,99, valores que de qualquer maneira, quando comparados à máxima de R$ 2,19, revelam diferenças acima de R$ 0,20, mais que o dobro do que se costuma encontrar entre as duas cidades. O que chama à atenção, além da diferença entre os preços de bombas, é que esse movimento baixista iniciado há cerca de duas semanas, tanto ao etanol hidratado quanto até mesmo à gasolina, se dá em plena entressafra da moagem da cana-de-açúcar e após alta de mais de 6% autorizada pela Petrobras, ao derivado de petróleo, em 31 de janeiro deste ano, quando o litro na bomba bateu a R$ 3,19 em Cuiabá, em meados do mês passado. A baixa atingiu a gasolina. O litro já pode ser encontrado a menos de R$ 3. REVENDA – O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) preferiu não fazer qualquer análise que pudesse explicar a atual diferença entre os preços do etanol. Por meio de uma nota, o diretor-executivo da entidade, Nelson Soares, ressaltou “que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidir quais os preços a serem adotados no mercado e se repassam ou não ao consumidor reajustes como, por exemplo, o recente anunciado pelo Petrobras”, no início deste mês ao óleo diesel, sendo este o segundo sobre o combustível apenas em 2013. ANP – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em sua pesquisa semanal por postos revendedores de todo país, mostra que na semana entre os dias 10 e 16 deste mês, o litro do etanol apresentou valor médio de R$ 2,13, na Capital, e mínima de R$ 1,97 e máxima de R4 2,19. Já a média obtida no Estado, R$ 2,10, figura como o quarto menor valor registrado no país, no período avaliado, sendo São Paulo, o estado com menor valor, R$ 1,95.

Diário de Cuiabá