Em MT, etanol é mais vantajaso, diz pesquisa da ANP

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Os motoristas da maior parte do país já estão pagando mais caro pelos combustíveis nos postos. Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostrou que, na semana entre 2 e 8 de novembro, os preços do etanol hidratado, usado diretamente no tanque dos veículos, subiram ao consumidor final de 15 Estados em relação à semana anterior. Na mesma comparação, a gasolina ficou mais cara para motoristas de 15 Estados e do Distrito Federal.

O movimento reflete um aumento dos preços do etanol nas usinas de cana-de-açúcar e a alta da gasolina nas refinarias. Começou a vigorar na sexta-feira o reajuste de 3% da gasolina, conforme anunciado pela Petrobras. Apesar de o percentual ter sido considerado pequeno, o reajuste traz um efeito psicológico e, num primeiro momento, provocou uma elevação de R$ 0,10 no litro em alguns postos de combustíveis da capital paulista, explica um trader. Segundo ele, o efeito real teria de ser da ordem de R$ 0,03 por litro (ou 1,3%).
Nas usinas, as cotações também subiram na última semana, depois de algumas semanas em retração. O indicador Cepea/Esalq para o hidratado se valorizou 1,05% de 3 a 7 de novembro ante a semana anterior, para R$ 1,1853 o litro.
Nos postos, a maior valorização do biocombustível foi registrada no Acre, onde o preço do litro do hidratado ficou 1,2% mais elevado. No Estado de São Paulo, maior centro consumidor do país, o preço médio subiu 0,46%, acima da alta observada na gasolina em igual intervalo, de 0,42%. A maior valorização da gasolina no país foi registrada em Alagoas, onde o preço médio ao consumidor final subiu 1,53%.
Os dados divulgados ontem pela ANP também mostraram que o motorista de alguns Estados pagaram mais barato pelo etanol. A queda ocorreu em dez Estados e houve estabilidade de preços em outros dois. Para a gasolina, houve recuo em nove Estados e preços estáveis em dois.
As variações na última semana alteraram pouco a paridade entre os combustíveis. Para ser considerado vantajoso ao motorista, os preços do hidratado têm que ser inferiores a 70% dos da gasolina. Em São Paulo, essa relação permaneceu em 65%, em Goiás ficou em 67% e em Mato Grosso, em 64%. No Paraná, o etanol ganhou vantagem, já que a relação recuou de 68,1% para 67,9%.
Valor Econômico