Na mídia: Governo rebate boato e nega alta

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Diferente do que foi anunciado nas últimas semanas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem (15) que não haverá aumento nos preços da gasolina. Apesar da garantia dada pelo governo, especialistas no mercado veem a possibilidade do aumento no valor do combustível diante da valorização da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, além da valorização do dólar. O reajuste do preço do combustível vem sendo aguardado há algum tempo e é alvo de debate em função da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. A própria presidente da Petrobras, Graça Foster, já havia admitido essa possibilidade. Todavia, o ministro garantiu a estabilidade nos valores. O último ajuste, de 10% para a gasolina e 2% para o diesel, foi concedido em novembro de 2011. De janeiro a março o petróleo tipo Brent subiu cerca de 15%.

Para o economista Edisantos Amorim, a alta no valor da gasolina pode não chegar ao bolso do consumidor caso o preço do barril de petróleo continue nos níveis dos últimos meses. “Porém, se houver um aumento, ainda mais agora como aumento da moeda americana, será meio difícil o governo conseguir segurar o aumento”, explica.

PREÇO LOCAL

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Mato Grosso o preço médioda gasolina ficou em R$ 2,94 na última semana. Já na capital na semana passada o valor médio foi de R$ 2,89. Na maioria dos postos da capital gasolina comum está 5,35% mais barata, caindo de R$ 2,99 para R$ 2,83. Em alguns postos o combustível pode ser encontrado a R$ 2,79.

No entanto, a diferença do preço da gasolina comparada ao do etanol pode chegar a casa dos 35%. O litro de etanol está custando até R$ 1,82 na capital do Estado.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), a redução no custo da gasolina deve-se ao etanol anidro.

Hoje, a gasolina comum tem em sua composição 20% de etanol anidro (que tornou possível a baixa) e o restante a chamada gasolina A.

A queda no valor do litro da gasolina tem motivado decisivamente alguns motoristas como Ricardo Lima a optar pelo produto. “Eu só abasteço meu carro com etanol quando a gasolina está muito cara, pois ele tem um menor rendimento. Agora com essa queda, voltei a abastecer com gasolina”, conclui.

Folha do Estado - 16-05-2012