Palavra do presidente - SindiNews - Ed 73

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Consumo caminhando e muita coisa a se resolver

O balanço sobre o consumo de combustíveis foi positivo em 2014. O consumo cresceu quase 6% com relação ao ano de 2013. Contudo, as indefinições na economia brasileira e no governo recomeçando fazem com que todos os empresários se mantenham em alerta.

Sabemos que a inflação é o freio para os gastos das famílias. Não bastasse tudo isso, o governo anunciou aumento nos impostos sobre os combustíveis. Para nosso setor, este fato implica em reajustes nos preços e, por fim, inibição nas vendas e maior custo a qualquer empresário. Somado a tudo isso, este início de ano é o período do aumento de salários. As vendas de veículos não têm crescido em proporções já vistas. Desta forma, há uma série de fatores econômicos que deixam o mercado temeroso.

Outro fato importante a se observar é o aumento de juros que tem afetado todo o comércio. Prova disso são as inúmeras notícias de demissões de funcionários com o objetivo de cortar gastos.

Mas daí nos lembramos do bom momento do etanol. Caso seja alcançada eficiência na produção de etanol de segunda geração, o preço da gasolina, provavelmente levará o consumidor a preferir cada vez mais este produto.

Não estamos pessimistas quanto ao futuro do setor de combustíveis, mas, como ele causa muita divergência entre economistas e analistas do mercado em geral, é bom mesmo se manter atento.

A economia tem seus altos e baixos, mas o setor não pode parar e ele sempre acha soluções. Estamos na expectativa quando observamos o cenário nacional e também quando nos focamos no estadual, já que o federal nos parece intocável. Do novo governador, Pedro Taques, esperamos comprometimento, como nunca visto, com o desenvolvimento do Estado e na guerra contra a corrupção. O setor de combustíveis acredita que a redução da alíquota do óleo diesel e/ou a peleja pela equalização de alíquotas seja abraçada. Esperamos investimentos em logística, afinal muitos postos estão localizados nas rodovias. Muito mais que isso: como cidadãos mato-grossenses, sentimos a necessidade de melhores vias de interligação com as diversas cidades.

A redução da burocracia também está entre os desafios do novo governador e igual ou maior responsabilidade têm os deputados estaduais que assumiram mandato em 1º de fevereiro. O empreendedor em geral enfrenta uma série de dificuldades para conseguir atender às regras quanto à emissão de notas fiscais e conseguir as licenças ambientais, entre outras. São muitos documentos que demandam muita energia e tempo. A redução dessa burocracia, certamente, incentivará a abertura de novos negócios e o crescimento dos que já existem. Tudo isso são perspectivas, quase que uma aposta.

O que está certo mesmo são inovações na composição da gasolina. Este derivado de petróleo deverá receber aditivos e mais etanol anidro.

Aldo Locatelli

Janeiro e fevereiro 2015