Petrobras revê contrato com distribuidoras

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A presidente da Petrobras, Graça Foster, está revendo os contratos da companhia com distribuidoras de combustíveis, exigindo delas maior participação em logística e investimentos.
 
A revisão faz parte das medidas implementadas por Graça para tornar mais proveitosos os investimentos da companhia, enquanto acionistas aguardam a divulgação do plano de negócios da empresa.
 
A revisão cobra tanto o cumprimento de cláusulas já acordadas, mas que não estavam sendo cumpridas pelas distribuidoras, quanto o endurecimento de contratos em vias de renovação. A informação foi confirmada ontem pelo presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto.
 
Apesar de fazer parte da holding Petrobrás, a BR também é uma das distribuidoras afetadas pelas novas exigências, assim como Shell e Repsol.
 
"Ela (Graça) está pedindo que as distribuidoras exerçam mais o papel de distribuidoras mesmo. Que participem mais da cadeia logística", disse Lima, no lançamento do Programa Rio Capital da Energia, no Rio. "Cabe a elas fazer mais investimentos", afirmou.
 
Em um dos exemplos, distribuidoras deixaram de fazer investimentos nos últimos anos em tancagem em cidades litorâneas como Belém e São Luís, que são abastecidas por navios da Petrobras. Sem a capacidade prevista em contrato para armazenar combustíveis, os navios da Petrobras acabavam tendo de passar pelos pontos de abastecimento com uma frequência maior do que a acordada. Nesse caso, Graça determinou que as distribuidoras invistam em tanques e que os navios da Petrobrás reduzam o número de viagens.
 
"A Petrobras atendia. Então, as distribuidoras acabaram não investindo", exemplificou uma fonte da empresa.

O Estado de S. Paulo