Petróleo sobe 0,15% com indicadores americanos

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Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em leve alta, ontem, ainda recebendo suporte da interrupção no fluxo de importante oleoduto no Canadá, além de indicadores econômicos positivos divulgados nos Estados Unidos.   O contrato mais negociado, com entrega para agosto, avançou US$ 0,14 (0,15%), fechando a US$ 95,32 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o barril do Brent para agosto teve alta de US$ 0,10 (0,10%), encerrando a sessão a US$ 101,26.   Além dos números positivos sobre a maior economia do planeta, os participantes do mercado seguem tentando avaliar os impactos do fechamento de um oleoduto no Canadá. Na segunda-feira, a Enbrige, operadora do duto na região de Cheecham, em Alberta, detectou vazamento de 750 barris que teria sido causado pelas enchentes na área. A região é grande produtora de petróleo de areias betuminosas e ainda não está claro o exato volume de produção afetado.   Apesar disso, alguns analistas apontam que a forte alta do petróleo na segunda-feira foi exagerada. "Os mercados estão esquizofrênicos. O fechamento do oleoduto não parece ser motivo razoável para a forte alta de ontem (segunda-feira)", comenta Kyle Cooper, diretor-gerente da lAF Advisors.    Opep   A queda do petróleo abaixo de US$ 100 por barril favorecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) expõe a grande divisão entre os membros do grupo, rachados entre aqueles que conseguem suportar um preço mais baixo e os que são afetados pelas baixas cotações, tornando uma ação coletiva para interromper a queda tarefa mais difícil.   Apesar da alta de ontem, o preço do Brent caiu abaixo de US$ 100 esta semana, ante um pico de US$ 119,17 em fevereiro deste ano, pressionado por demanda desaquecida e grandes estoques. Embora esse preço possa ser suportado pela Arábia Saudita, colocaria pressão em países como o Irã.   Não há perspectiva imediata de que a Opep venha a diminuir a oferta para elevar os preços, especialmente porque o maior país produtor, a Arábia Saudita - que deveria liderar uma redução na produção -, tem reservas financeiras que a ajudariam a suportar preços na faixa de US$ 80 a US$ 90 dólares por barril.   "Petróleo a US$ 80 causaria preocupação para membros da Opep fora do Golfo Pérsico", disse um delegado sênior da organização. "Não haverá, porém, resposta rápida por parte dos produtores do Golfo, que acumularam reserva financeira nos últimos anos", completou.

Jornal do Commercio/RJ