Revendedores de combustíveis participam de reunião com a Secopa e evidenciam preocupações

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Foto: Edson Rodrigues/Secopa
Foto: Edson Rodrigues/Secopa

Uma das grandes preocupações dos revendedores de combustíveis e outros empresários do setor do comércio é com os prazos para conclusão das obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande. Para ampliar o conhecimento dos comerciantes quanto ao cronograma das intervenções, representantes da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) realizaram uma apresentação dos prazos, principais dificuldades enfrentadas e o que tem sido feito para tentar minimizar o impacto sobre as finanças do comércio.

No evento, realizado na noite desta quinta-feira (27), na Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), o secretário Maurício Guimarães reconheceu que a fase de execução das obras está sendo mais difícil do que a burocrática. “Além de ser intenso o nosso trabalho para buscar formas de prejudicar o menos possível os empresários, ainda há as dificuldades de se realizar as interferências nas partes de cabeamento de energia elétrica, telefone e internet e ainda no que se refere ao abastecimento de água”, disse Guimarães.

[caption id="attachment_3486" align="alignright" width="448" caption="Foto: Edson Rodrigues/Secopa"]Foto: Edson Rodrigues/Secopa[/caption]

Os empresários também cobraram maior agilidade na execução das obras. O secretário esclareceu que a Secopa tem trabalhado para eliminar as interferências existentes para que as empreiteiras organizem mais frentes de trabalho.

O assessor especial de Mobilidade Urbana da Secopa, o arquiteto Rafael Detoni, apresentou cronograma, valores e possíveis impactos nas imediações de cada obra listada para a Copa 2014 em Cuiabá e Várzea Grande. Juntamente com o secretário e o secretário-adjunto Marcelo Oliveira, sanaram as dúvidas dos presentes sobre as principais obras nas avenidas Miguel Sutil, Fernando Corrêa, CPA (Historiador Rubens de Mendonça) e FEB. “Estamos à disposição para mais esclarecimentos. Nossa posição sempre foi de transparência”, disse o secretário.

Nesta reunião, promovida pela CDL Cuiabá, ainda foi citada a perda de até 40% do movimento em alguns comércios. No caso dos postos de combustíveis, alguns empresários contabilizam até 70% das vendas. O secretário destacou que este problema foi narrado ao governador Silval Barbosa e à Secretaria de Estado de Fazenda.

Para o presidente da CDL, Paulo Gasparoto, o ideal é que o governo elabore uma forma de ressarcir os prejuízos dos empresários por meio de abono tributário. Contudo, para os revendedores de combustíveis esta situação não se resolverá com redução temporária da carga de impostos, haja vista que os impostos são recolhidos na fonte por meio de substituição tributária.

O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares, reforçou que existe a possibilidade de se realizar uma ação judicial de "lucro cessante", estando o departamento jurídico do Sindipetróleo, por meio do Saulo Gahyva, à disposição mais esclarecimentos. “Temos mais de 30 postos afetados diretamente pelas obras da Copa”, afirmou Soares.

Simone Alves Ass. Sindipetróleo