Sindipetróleo leva à Assembleia Legislativa proposta da MTGás de reajuste no preço do GNV

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Secretaria de Comunicação Social AL /Sindipetróleo
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Na reunião, mediada pela Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa, foram feitas propostas para que o aumento não inviabilize a venda nos postos e o abastecimento aos consumidores

A Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa realizou nesta terça-feira (11), uma reunião extraordinária para debater regulação do gás natural que terá como resultado um reajuste nos preços ao consumidor final, portanto a inviabilidade do gás. 

Na reunião, o Sindipetróleo pediu que a Companhia Mato-Grossense de Gás (MT Gás) reconsiderasse a proposta. A regulação da tarifa está em análise na Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT), onde já há maioria para aprovar reajuste do teto da tarifa solicitado pela empresa de R$ 1,52 para R$ 2,41 por metro cúbico de gás.
“É inaceitável um aumento de 66% de uma vez. O segmento inteiro vai falir. O estado não pode fazer política dessa maneira”, reclamou o deputado Wilson Santos (PSD). “Se subir esses 66%, vamos decretar pela terceira vez o fim do GNV [gás natural veicular] em Mato Grosso”, afirmou o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Nelson Soares. 

O presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues, e o presidente da Ager, Luis Alberto Nespolo, afirmaram que o teto da tarifa precisa aumentar, uma vez que os custos subiram e a tarifa não é atualizada desde setembro de 2021. “Isso vai dar equilíbrio para o negócio do gás canalizado, não podemos impor que a MT Gás trabalhe com preço deficitário, sendo que o custo hoje é de R$ 2,10. Mas também não vai ser preciso deixar a tarifa no máximo o tempo todo”, explicou Nespolo. 

Já o chefe da MT Gás se colocou à disposição para dialogar com o setor para que não haja aumento na bomba. “O objetivo é que esse valor não impacte o consumidor final. Nós podemos vender até esses 2,40, então nós podemos vender abaixo disso. Queremos abrir o diálogo e entrar num consenso pra manter o gás veicular do estado como o segundo mais barato do Brasil”, garantiu.

“Acho que é possível haver um entendimento. Na nossa visão, isso não precisa ser feito de uma vez só. Existem inúmeras variáveis que estão acontecendo de oscilação cambial e do próprio preço do gás natural, e a gente pode conseguir diluir isso para não chegar ao consumidor final”, avaliou o presidente do Sindipetróleo, Nelson Soares. “É preciso todo mundo abrir as planilhas, jogar aberto. O usuário do gás veicular é simples, ele precisa de um preço baixo para não se desfazer do kit GNV”, defendeu o advogado da distribuidora GNV Brasil, Leonardo Cruz.

O presidente da comissão, deputado Diego Guimarães (Republicanos), considerou a reunião produtiva e afirmou que a Assembleia vai acompanhar as negociações com intuito de impedir aumento do preço do GNV nas bombas. Um próximo encontro foi marcado para quinta-feira, às 9h, um dia antes da sessão da Ager que concluirá a análise da regulação tarifária da MT Gás. 
“Fizemos essa reunião extraordinária, em meio ao recesso, chamando todos os atores, a MT Gás, a Ager, a GNC, que é a distribuidora do gás, os donos de postos de combustível. E o que foi deliberado hoje é que teremos uma nova reunião com todos os envolvidos aqui antes da análise da Ager com todos esses atores para que se avance nesse entendimento para não penalizar o consumidor que está na ponta”, resumiu o parlamentar.

 “Não queremos causar esse impacto para os motoristas de aplicativo, entendemos que todos querem que o gás não aumente na bomba. Então vamos trabalhar nesse sentido, criando condições para que isso seja possível”, completou o deputado Carlos Avallone (PSDB). 

Mais fotos AQUI  (Fotos: ANGELO VARELA / ALMT)
Vídeo da reunião na Íntegra 

Com Imprensa AL